sexta-feira, 25 de junho de 2010

No pelotão da frente

 ... da desigualdade na distribuição da riqueza.

razão entre os rendimento dos 20% mais ricos e os 20% mais pobres. fonte: Eurostat

do Fundão para o Mundo

 Ha um pequeno destaque sobre Portugal na secção "O pequenno Jornal da Crise" do Courrier International desta semana. Trata-se de um artigo do economista Eugénio Rosa publicado no Jornal do Fundão.

 O artigo da conta dos dados do Instituto Português de Estatistica segundo os quais 81% dos patrões portugueses não acabaram o ensino secundario (contra 79,8% em 2003) e 91% não fez estudos superiores. Por outro lado 65% dos empregados não acabaram o ensino secundario contra 71% em 2003.

 Um problema estrutural que deve ser resolvido para melhorar a gestão, a inovação, a produtividade e a competitividade, denuncia o autor.

Eugénio Rosa considera ainda que baixar os salarios teria um efeito contra-producente  na economia portuguesa, visto que ja são demasiado baixos: 1150€ em média quando a média europeia é de 2558€.

A massa salarial constitui 15% das despesas das empresas portuguesas e a sua redução teria pouco efeito sobre a competitividade e provocaria um contracção da economia devida à redução do consumo que levaria a mais falências e desemprego.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A poção magica do rejuvenescimento

Durante a noite de 3a para 4a feira, os franceses rejuvenesceram dois anos. Pela manhã, Eric Woerth, ministro do trabalho, anunciava a reforma do sistema de pensões francês. A principal medida é o aumento da idade da reforma dos 60 para os 62 anos. Ha nuances na reforma que vale a pena discutir como a introdução da noção de "penibilidade" de uma profissão para ter em conta que um professor e um trabalhador da construção civil não têm o mesmo desgaste durante a vida activa (depressa houve quem falasse de penibilidade fisica e psiquica e ai é que as coisas se complicam). Ha também a preocupação de estimular o emprego dos mais velhos para que as reformas não sejam simplesmente transferidas para o fundo de desemprego. Mas eles também sabem que se vai passar a haver mais pessoas na vida activa, têm de ser criados mais empregos pela economia... senão são os jovens que vão ter uma passagem pelo fundo de desemprego no curriculum.
Tudo isto merece discussão mas o que me chamou à atenção foi a capa do Libération com o titulo: 

Baby-boomers: Os meninos mimados da reforma
 No artigo comenta-se o facto de que 40 anos depois do Maio de 68, a reforma do sistema de pensões sera a derradeira vitoria da geração dos "baby-boomers". Esta geração nascida do baby-boom do pos-guerra, "vista como abençoada pelos deuses" sera poupada às novas medidas.

Para eles, o crescimento, o optimismo politico, a revolução de costumes e agora os velhos dias ao abrigo das necessidades da sociedade do inicio do século.

Para as gerações seguintes, o desemprego, a precaridade, a divida publica e no horizonte, uma reforma escassa.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Nova campanha do turismo de Portugal

Cavaco Silva recriou, neste fim-de-semana prolongando (de férias para muitos), a campanha do Turismo de Portugal "Vá para fora cá dentro".

Vieira da Silva aproveitou logo para, demarcando-se das afirmações de Cavaco, recriar a campanha que exista para convidar os estrangeiros a passar férias em Portugal.

No fundo, os dois dizem o mesmo - Portugal é um país em que o Turismo é fundamental para a nossa economia. Hoje o Jornal de Negócios veio-o comprovar, fez as contas e 44,7% é o impacto no défice externo se as suas campanhas publicitárias não tiverem sucesso.

Ao menos, podia-se inventar campanhas publicitárias, um pouco, mais interessantes...

domingo, 6 de junho de 2010

O que correu mal?

 E o nosso pais Convidado-Surpresa da nossa rubrica "Mas Afinal O Que E Que Correu Mal?" de hoje e:

  Senhoras e Senhores, apresento-vos: a ESLOVENIA!

 E tudo por hoje. Ate a proxima.

sábado, 5 de junho de 2010

A Consanguinidade do Cac40

 Nao e uma arvore genealogica. Nem poderia ser tal a consanguinidade que implicaria.
 A imagem liga as empresas do CAC40 que tem administradores em comum nos seus conselhos de administracao.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Cadeira Dourada


O Estado deve ou nao fazer parte da estrutura accionista da PT? 
 Depende: 

  1. NAO.  Porque o Primeiro-Ministro pressiona as decisoes estrategicas da empresa para servir os interesses eleitoralistas do seu partido. Porque Belmiro, Berardo e Amorim merecem um monopolio. Porque o Estado deve ter a menor presenca possivel numa economia de mercado moderna. 
  2. SIM. Se for para impedir que uma empresa estrangeira compre a Vivo reduzindo a PT a dimensao de uma empresa portuguesa, SIM. A economia de mercado deve funcionar mas no sentido que nos interessa.

 O Mercado e coerente com os seus proprios interesses.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Santana Lopes

Ouvi ontem Santana Lopes na TVI. Nunca lhe vai sair esse seu ar de dandy, mas é um facto que, em parte, tem a sua razão.

Quando diz que, se estivermos à espera de novas eleições, não teremos novo governo a trabalhar antes de Outubro de 2011 (daqui a um ano e meio).

Quando diz Sócrates devia sair pelo seu pé para dar lugar a outro.

Quando diz que é pena que no início de 2009 já se falasse das pressões (UE e FMI) que iriam atingir Portugal e, não só não se informaram os portugueses para, em consciência, votar, como também não se tomaram decisões atempadas.

No entanto, não tem razão quando fala de um governo de salvação nacional.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Para que lado se deve virar

Marcelo disse este domingo que Fernando Nobre "não percebe nada de Portugal", não vou discutir isso, nem interessa. O que é um facto é que acertou quando comentou o apoio do PS a Manuel Alegre - ver notícia aqui.

No entanto, será mais difícil para o PS e o BE, e mais ainda para os seus apoiantes, andarem lado a lado numa mesma campanha que para Manuel Alegre, basta-lhe ir martelando ora num lado, ora noutro...

Mais desemprego

Lá saiu mais uma notícia indicando que a taxa de desemprego voltou a subir em Abril. O que vale é que o governo continua a desvalorizar - link para a notícia do Público aqui.

O governo, seguro de si e das suas políticas, não se questiona pelo facto de ser o 4º! país com maior taxa de desemprego.

Tenta tapar a realidade, sabendo que a razão por ainda subsistir é a eleição presidencial em Janeiro do próximo ano. Não fora isso e já não tínhamos este governo a navegar sem rumo...